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27.03.2025 06:14 PM
O mercado escolhe o favorito incorreto.

Quanto mais alto o voo, maior a queda. O índice S&P 500 despencou em resposta ao anúncio de Donald Trump sobre tarifas de 25% para automóveis. Não haverá exceções, embora os países incluídos no Acordo de Livre Comércio da América do Norte recebam tratamento preferencial para exportações de autopeças aos EUA. A Europa e o Japão ameaçam retaliação, e o medo voltou aos mercados de ações.

Algumas das ações mais vendidas foram de empresas do grupo dos Sete Magníficos, que agora caminham para o pior trimestre em dois anos. A concorrência da China nos setores de veículos elétricos e inteligência artificial pôs fim à ideia de excepcionalismo americano — e isso é apenas o começo.

Dinâmica Trimestral dos Sete Magníficos.

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Embora Donald Trump tenha rotulado antigos aliados como aproveitadores — drenando empregos e riqueza dos EUA —, o crescimento do PIB do país há muito tempo é impulsionado pela globalização. Ao enfraquecê-la com políticas protecionistas, a Casa Branca corre o risco de uma desaceleração no crescimento do PIB já no primeiro trimestre, com o principal indicador do Fed de Atlanta apontando para apenas 0,2% de crescimento. Isso é uma má notícia para o S&P 500.

Os Estados Unidos podem parecer ter vantagem na guerra comercial, dando a Trump margem para lançar ameaças tarifárias. No entanto, o país registra um grande déficit em conta corrente, o que exige fluxos contínuos de capital estrangeiro para os mercados de Treasuries. Será que China, Japão e Europa — agora alvos dessas tarifas de importação — continuarão financiando isso? O plano de retaliação da União Europeia inclui a redução de suas participações na dívida dos EUA — uma resposta dolorosa ao conflito comercial. E se Pequim e Tóquio seguirem o mesmo caminho?

A participação desproporcional das ações americanas nas carteiras globais também é fruto da cooperação internacional. O capital já está saindo dos mercados dos EUA, mas esse movimento está longe de terminar. Resta saber quanto custará, de fato, aos Estados Unidos uma resposta coordenada das economias globais.

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Um déficit orçamentário mais estreito nos EUA também pode representar problemas para o S&P 500. Até a metade do ano, o teto da dívida voltará ao centro das atenções, e os planos de Trump para cortar US$ 4,5 trilhões em impostos, US$ 2 trilhões em gastos e arrecadar US$ 2,5 trilhões em tarifas podem se mostrar difíceis de implementar. De qualquer forma, Washington caminha rumo à consolidação fiscal, o que desacelerará ainda mais o crescimento do PIB dos EUA. Em um ambiente de alta inflação, é pouco provável que o Fed intervenha para resgatar a economia.

Do ponto de vista técnico, o S&P 500 recuou antes do esperado no gráfico diário. O nível de 5.815 não foi atingido, mas o mais importante agora é identificar os limites de uma faixa de consolidação de médio prazo — provavelmente entre 5.500 e 5.790. Pode fazer sentido vender o índice em repiques e buscar recompra próximo ao limite inferior da faixa de negociação.

Marek Petkovich,
Analytical expert of InstaTrade
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