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O mundo financeiro respirou aliviado na quinta-feira, quando os mercados de ações dispararam e a liquidação caótica dos títulos finalmente desacelerou. O motivo foi uma iniciativa surpreendente do presidente dos EUA, Donald Trump: ele anunciou uma flexibilização temporária das tarifas massivas recentemente impostas a dezenas de países.
No entanto, o impulso noturno das ações americanas e do dólar logo perdeu força. Os investidores começaram a perceber que essa trégua pode ser breve, já que as tensões comerciais entre Washington e Pequim continuam a se intensificar. Além disso, a mudança repentina da Casa Branca na política tarifária gerou confusão e preocupação nos mercados.
Após semanas de pressão sobre os mercados globais — que resultaram na perda de trilhões de dólares em capitalização e no enfraquecimento do dólar e dos títulos do Tesouro americano — Trump fez um movimento inesperado. Na quarta-feira, ele anunciou um adiamento de 90 dias na implementação de algumas novas tarifas. Esse gesto foi visto como um ponto de virada e provocou uma explosão de otimismo entre os investidores.
A notícia teve impacto imediato na sessão asiática. Os futuros europeus saltaram: EUROSTOXX 50 e DAX subiram cerca de 8%, e o FTSE registrou alta de 5,4%. O índice Nikkei do Japão também acompanhou o movimento — seu crescimento superou 8%.
Apesar do otimismo da véspera, os futuros do Nasdaq caíram mais de 1%, enquanto o S&P 500 recuou cerca de 0,8%. Isso contrasta com os ganhos impressionantes registrados na sessão anterior, quando ambos os índices tiveram seus maiores avanços diários em mais de uma década.
A moeda americana também perdeu força: o dólar caiu 0,8% frente ao iene japonês e 0,6% em relação ao franco suíço. As moedas consideradas refúgio mais uma vez confirmaram seu status de ativos de proteção, impedindo o dólar de manter os patamares elevados atingidos anteriormente.
Embora o anúncio de Trump sobre a flexibilização tarifária tenha trazido alívio aos mercados, ainda é cedo para comemorar. A Casa Branca deixou claro que a tarifa base de 10% sobre a maioria dos produtos estrangeiros que entram nos EUA continuará em vigor. A medida de alívio também não se aplica às tarifas já existentes sobre automóveis, aço e alumínio — que permanecem totalmente ativas.
Ao mesmo tempo, o governo americano intensificou a pressão sobre Pequim. As tarifas sobre importações chinesas aumentarão de 104% para impressionantes 125%. Essa decisão entra em vigor imediatamente e marca um novo capítulo no conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A resposta da China não demorou. Na quarta-feira, autoridades chinesas anunciaram um aumento das tarifas sobre produtos americanos para 84%. Além disso, foram impostas restrições a 18 empresas dos EUA — principalmente do setor de defesa e áreas relacionadas.
Mesmo com a escalada de agressões mútuas, os mercados globais parecem preferir ver o copo meio cheio. A maioria dos participantes do mercado optou por focar na trégua de 90 dias oferecida por Trump a dezenas de países. Por enquanto, essa pausa temporária pesa mais que os riscos potenciais.
Os mercados asiáticos encerraram o dia em alta. O índice CSI300 da China, que acompanha as principais ações da bolsa de Xangai e Shenzhen, subiu 1%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,4%, refletindo um otimismo moderado dos investidores da região.
No mercado cambial, o cenário foi diferente. O yuan onshore caiu para o menor nível desde dezembro de 2007, alcançando 7,3518 por dólar. É um sinal preocupante de instabilidade latente em meio ao confronto comercial.
O Banco Popular da China também agiu com moderação. Nesta quinta-feira, definiu a taxa de câmbio de referência — que serve como base para o yuan dentro de uma faixa de 2% — no menor nível desde setembro de 2023. A medida tem o objetivo claro de conter pressões de desvalorização e manter o controle sobre a taxa de câmbio.
O caos que tomou conta do mercado de títulos no início da semana começou a diminuir. Embora os investidores ainda estejam extremamente cautelosos, não há sinais de pânico generalizado. Os mercados parecem buscar algum ponto de estabilidade, talvez numa trégua tarifária de curto prazo.
O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos caiu para 4,2908%, após atingir 4,5150% no dia anterior. A taxa recuou cerca de 13 pontos-base durante a sessão, indicando alívio na pressão recente.
Com a forte venda de títulos públicos — que lembrou os participantes do mercado das "corridas para o dinheiro" vistas durante a pandemia de COVID-19 —, voltaram os receios sobre a estabilidade do mercado de dívida dos EUA, o maior e mais líquido do mundo. Alguns investidores não descartam que essa nova onda de turbulência seja apenas o começo.
O Federal Reserve não tem planos de agir por enquanto. Segundo a ata da reunião de meados de março, publicada na quarta-feira, os reguladores esperam que um possível aumento de tarifas acelere a inflação. Ao mesmo tempo, o Fed expressa preocupação de que a estratégia econômica externa agressiva da administração Trump possa minar o crescimento do PIB.
Os investidores estão recalibrando suas expectativas. No início da semana, o mercado apostava em um corte de mais de 100 pontos-base até o fim do ano. Agora, esse número caiu para cerca de 80, um sinal claro de que a confiança em um afrouxamento da política monetária perdeu força.
Os preços do petróleo recuaram. O agravamento do conflito entre EUA e China reacende temores sobre a demanda global por commodities. Investidores começam a precificar um cenário de desaceleração na atividade industrial e no comércio.
Na contramão do petróleo, o ouro segue firme. O metal precioso subiu 1,5%, atingindo US$ 3.128,92 por onça. O interesse crescente por ativos considerados "porto seguro" revela a crescente inquietação dos investidores.
As bolsas europeias reagiram com força. As ações subiram de forma expressiva após o anúncio do presidente Trump de suspender por 90 dias a aplicação de novas tarifas. Foi um alívio palpável após vários dias consecutivos de perdas intensas.
Curiosamente, a suspensão das tarifas punitivas foi anunciada apenas um dia após sua entrada em vigor. No entanto, a tarifa-base de 10% para quase todas as importações permanece em vigor, mantendo o clima tenso no comércio global.
O pânico deu lugar a uma forte recuperação. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu expressivos 7,2% às 07h09 GMT, recuperando-se de uma perda superior a 12% desde o início de abril, quando os EUA impuseram tarifas retaliatórias. Na Alemanha, o DAX — sensível ao comércio — disparou 8,1%.
Apesar do alívio temporário para muitos países, Trump continua pressionando Pequim. A medida mais recente — aumento das tarifas sobre produtos chineses para 125% — foi uma resposta direta à decisão da China de aplicar um imposto de 84% sobre produtos americanos a partir de 10 de abril. O sinal é claro: a guerra comercial está longe de acabar.
A valorização atinge todos os setores, mas os que mais sofreram nas últimas semanas lideram a recuperação: o setor bancário subiu 10,1%, mineração 9,2% e energia 9,3%. Esse crescimento sincronizado foi impulsionado pela trégua tarifária, que os investidores interpretaram como um respiro no conflito comercial.
O mercado de títulos do Tesouro dos EUA, que recentemente sofreu uma das maiores quedas desde a pandemia, dá sinais de estabilização. O temor de riscos sistêmicos no maior mercado de dívida do mundo começa a se dissipar.
Em meio ao otimismo das bolsas europeias, nem todas as empresas seguem no mesmo ritmo. As ações da gigante britânica do varejo Tesco caíram 3,8% após a empresa divulgar projeções indicando queda no lucro este ano. A direção atribui isso ao aumento dos custos e ao ambiente macroeconômico incerto.
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